segunda-feira, 25 de agosto de 2008

EPOPÉIA


Dia 23/08/08 está definitivamente cravado na história da banda. Já gravamos uma música, já demos entrevista em rádio, já tocamos em diversos lugares, já conseguimos tocar num show que tinha, no início, 200 pessoas e terminamos com 8. Já conseguimos ficar um ano só ensaiando, sem tocar em lugar algum. Somos, definitivamente, uma banda diferente. Diferente, porque temos nosso ponto de vista firme e tocamos o que gostamos, mesmo que, para isso, tenhamos que passar novamente por todas as situações descritas acima ou outras que nem vale a pena relembrar.No Brasil, ter uma banda como a nossa, é um suicídio comercial. Como não estamos nem aí pro comercial, e pra quem vê nas músicas oferecidas sob essa alcunha alguma coisa que valha mais um pão velho, vamos continuar nos matando. Morreremos felizes e foda-se.Mas mesmo assim, como num garimpo, depois de toneladas de água suja sempre surje uma pepita de ouro, sempre encontramos bons lugares (ou bons públicos) ávidos por ouvir alguma coisa feita com um mínimo de competência, honestidade e qualidade.Dia 23/08 a banda colocou os equipamentos nos carros e partiu rumo à Praia Grande. Antes de começar a discutir a apresentação, eu confesso - não tinha a menor idéia do que era Praia Grande. Mas posso afirmar: Praia Grande não cabe em Praia Grande. As pessoas que encontramos lá são avançadas demais para serem consideradas do interior, ou de uma cidade pequena. Desde o primeiro contato até a despedida, percebemos que estávamos num lugar diferente.E lá encontra-se o Provisório Pub. Assim como a cidade, o Pub não cabe dentro dele. É um lugar iluminado, apesar da escuridão. E lá encontramos um público mais que especial. Encontramos pessoas APAIXONADAS por música boa. Não são aqueles pseudo-adoradores de rock, que só conhecem Smoke on the water e Stairway to heaven. São pessoas que se arrepiam ouvindo o The dark side of the moon até hoje, coisas desse tipo. E isso não é pra qualquer um.Passava da meia noite quando começamos o nosso “trabalho”. Estávamos apreensivos, porque nosso som é alto e, no nosso conceito, não combina com bares ou lugares pequenos. Quanta inocência da nossa parte!! Combina!! E muito!!!Foi emocionante!! 2 horas de show, que passaram como um furacão! Nossas esposas junto! Nossos amigos de poucas horas satisfeitos com o que apresentávamos a eles. Nós, felizes por estarmos fazendo aquilo que tanto gostamos, pra gente que merecia ouvir. Enfim...momentos mágicos.Grandes momentos, grandes pessoas...um encontro que não vai ser esquecido tão cedo. Grandes amizades que ficarão pra sempre.Gostaria de agradecer demais ao Jodi Ramos. É uma daquelas pessoas que não se encontra por mais que se procure. Como a cidade, o Jota não cabe nele. É grande demais pra ficar onde está. O mundo precisa dele.(Eu dedico cada momento legal que passamos a todas as pessoas que tiveram contato conosco no curto período em que permanecemos na cidade dos canyons e espero poder voltar em breve.)